Apenas um Engano  

Posted by Area 51

O salão de convenções do hotel estava cheio, dezenas de pessoas procurando se ajeitar da melhor maneira possível. Louise estava ofegante quando adentrou ao salão, no seu íntimo achou que estivesse atrasada, no entanto o contrário é que havia ocorrido, procurou entre as poltronas um lugar para sentar-se e no mesmo instante correu os olhos pelo ambiente a procura do real motivo dela estar ali. No primeiro instante não localizou o homem que tanto desejava encontrar, um desânimo apossou-se dela com a possibilidade de ele não ter vindo à convenção naquele ano. Pediu licença a algumas pessoas e conseguiu um lugar entre elas, sentou-se e se ajeitou confortavelmente na poltrona e depois, ergueu sua cabeça  e continuou dali mesmo, a sua busca. A cerca de cinco fileiras de poltronas a sua frente e mais à esquerda de onde se encontrava, viu um homem alto e grisalho que talvez poderia ser ele, só faltava esperar para ter um ângulo de visão melhor e ela não precisou esperar muito tempo, pois ele levantou-se e caminhou em direção ao toalete. Seu coração acelerou-se de emoção, quando teve a certeza de que era o mesmo homem a quem procurava. Sim, sem dúvidas era ele mesmo, estava um pouco mais gordo, e com os cabelos grisalhos e é claro com marcas de envelhecimento, mas continuava sendo o homem bonito e charmoso, que conhecera há cinco anos atrás, num mesmo congresso que agora estava participando. Por alguns segundos, toda a afeição que tivera por ele veio-lhe à mente, afastando de súbito todos os outros pensamentos. Fitou-o enquanto observava-o se afastando em direção aos banheiros.

Então o seguiu, sentindo uma felicidade incrível pelo fato de tê-lo reencontrado.
Louise parou no bar e pediu uma bebida, pois pretendia espera-lo. Recordou que há cinco anos atrás, ela recém casada viera para Fortaleza participar de um congresso sobre segurança em Loterias e tanto ela como ele, eram donos de casas lotéricas em suas respectivas cidades, e numa noite, em uma festa de confraternização patrocinada pelo hotel, ela conheceu aquele homem fascinante.
Eles ficaram conversando por mais de quatro horas seguidas, alheios a festa que ocorria ao redor e ela ficou encantada com ele, na época achou que tinha encontrado sua alma gêmea de tanto que se combinavam e no fim da festa, quando a orquestra anunciou a última música e num gesto ousado, ele perguntou-lhe se não poderiam passar o resto da noite juntos, no quarto. A pergunta deixou-a constrangida e por uma fração de segundos, ela ficou indecisa entre aceitar ou não aquele convite. Então suspirou, tomou fôlego e declinou do convite delicadamente e saiu apressada para o seu quarto e nunca mais o viu.

Na época, era feliz e muito bem casada e não tinha o porque de trair seu marido. Mas a vida está constantemente mudando os planos de todos e cobrava a cada minuto que as pessoas se adaptem a ela. E com Louise não foi diferente e nos últimos dois anos, sua vida conjugal desandava e a cada discursão com seu marido, ela arrependia-se de não ter aceitado aquele convite. Por alguns indícios que constatara, ela tinha a certeza que seu marido tinha uma amante, mas não era por vingança que pensava daquela maneira, mas porque precisava ser amada, necessitava de um amor quase sobrenatural. E esse homem que aguardava, era o que mais sintetizava seus anseios. Já houve várias oportunidades de ir para a cama com outro homem, mas tinha sido fácil recusa-los, pois nenhum realmente despertou a menor atração. Com Paulo, tudo era diferente, o pouco tempo que passara ao seu lado, fez Louise sentir emoções nunca antes sentidas, ele a atraia como nenhum outro homem jamais o fizera, nem mesmo seu marido. E se na época, ele tivesse insistido em leva-la para a cama, talvez não teria negado uma segunda vez. Nunca mais esqueceu aquele homem e agora estava disposta a ir até o fim, sem pensar duas vezes antes de se entregar a ele.

Suas recordações foram deixadas de lado, quando o viu passando ao seu lado e não perdeu tempo, chamando-o:
- Paulo, Paulo!
Mas ele continuou andando como se não fosse com ele. Então ela apressou o passo e tocou em seu ombro, fazendo o homem parar assustado e virar para trás.
- Olá Paulo, tudo bem?
Ele olhou para Louise como se não soubesse quem era.
- Oh, Paulo, não se lembra de mim?
- Sou Louise. Nós nos conhecemos há cinco anos atrás neste mesmo hotel. Na época passamos a festa toda conversando e depois você telefonou várias vezes para mim e mais tarde, perdemos contato.
- Ah! – Murmurou ele, começando a compreender.
Os olhos dele brilharam com graça e malícia. Ela o encarou surpresa e ao mesmo tempo intrigada.
- Você não está se lembrando de mim, não é mesmo? – Ela o censurou.
- Como pôde se esquecer? Sei que faz muito tempo desde a última vez que nos vimos, mas não é possível que eu tenha mudado tanto assim. Reconheci você logo que o vi no salão.
Paulo a escutava, impassível. Louise fez uma pausa e depois continuou:
- Você contou sobre sua noiva, do acidente que a vitimou e sobre o vazio que ela deixou na sua vida, a ponto de a depressão fazer você pensar em tirar sua vida também. Sabe na época, isso me emocionou muito, mas muito mesmo e fiquei impressionada por muito tempo e arrependida também.
- Arrependida? – Ele perguntou.
- Sim arrependida, você convidou-me para passar a noite com você e não aceitei e isso me atordoou por muito tempo depois, pois talvez minha falta de sensibilidade, agravou a sua situação.
- Eu lhe contei tudo isso? Que memória boa a sua! – Comentou ele, com um brilho de malícia nos olhos.
- É contou...
- Parece que impressionei mesmo você com essa minha historia, depois desse tempo todo! – Riu, mostrando os dentes perfeitos e brancos, ela deixou-se contagiar pela alegria dele.
Depois retornou o tom sóbrio, desviando o olhar e franzindo a testa.
- Estou novamente me lembrando de tudo agora...Naquela noite, você estava linda e me deixou louco para tê-la. Pensei muito em você, muito mesmo.
Ele tornou a olhar para ela, observando-a curioso, começou a ficar excitado em ver aquela mulher bonita e atraente a sua frente contando tudo aquilo. Ela era morena, olhos verdes e vibrantes, rosto de simetria perfeita e quando sorria, apareciam covinhas nas bochechas, coisa que o deixava louco, estava bem vestida com um vestido longo e preto de tecido fino, o mamilo pressionavam o tecido, como se quisessem furá-lo. Era realmente uma bela mulher.
- Sabe Paulo, naquela noite sai tão apressada, que nem me despedi direito de você, tive que fazer isso, pois sabia que se insistisse no convite, eu iria ceder, e naquela época não seria direito fazer isso. Depois quando conversamos pelo telefone, combinamos que no ano seguinte nós se encontraríamos novamente aqui, mas como lhe expliquei naquele ano, não pude vir e nem nos anos subseqüentes e neste ano, tentei telefonar a você e avisar que eu viria, mas parece que teu numero havia sido mudado. E você, veio nos outros anos?
- Bem, não... ou melhor, vim nos outros sim.
- É calculei que viria mesmo.
Ele examinou-lhe o rosto minuciosamente, percorrendo depois seu corpo com um olhar rápido e ardente, voltando em seguida a fitá-la dentro dos olhos.
- Acho incrível que você esteja aqui e que nós estejamos agora conversando um com o outro, após todos esses anos. – Disse ele com suavidade.
- Espero que me perdoe por não ter me lembrado de você imediatamente.
- Claro que perdôo. – Louise logo acrescentou.
- Vem vamos ao bar, beber algo e relembrar os velhos tempos. - E pegou na mão dela e a conduziu até o bar mais próximo.
- Mas vamos perder o congresso! – Ela comentou.
- Isso não tem mais importância, temos que compensar o tempo perdido.
Sentaram em frente ao balcão do bar e conversaram muito, Louise notou uma fria arrogância que não existia há cinco anos atrás. Ela olhava com interesse para ele e fixou o olhar no perfil moreno sentado ao seu lado. Depois de avaliar os detalhes do rosto, os olhos dela voltaram-se para as mãos magras e compridas e em seguida, para as longas coxas que davam forma à calça de fino tecido, depois olhou sorrateiramente sua virilha e notou o volume acentuado sob sua calça.
- Você casou Louise?
- Você não se lembra? Já era casada naquele tempo, e isso foi o motivo de não ter ido contigo para o quarto.
- Ah sim...claro, como pude esquecer. E seu marido, deixa você vir sempre sozinha?
- Bem, foi ele que veio nos últimos três anos, trabalhamos muito e não conseguimos viajar juntos já faz um bom tempo, sabe é difícil encontrar empregados de confiança e a lotérica gira muito dinheiro, então nunca ficamos  mais de um dia fora da cidade, e viajar juntos é um privilégio que não podemos ter e você, casou de novo?
- Não, estou solteiro.
- Mas e essa aliança que você usa?
- Ah claro, já fui casado e engordei um pouquinho e não consegui mais tirá-la do dedo, e acabei deixando.
- É bem que notei que você engordou mesmo nesses anos; e como era sua ex-esposa?
- Não vamos falar de meu casamento. – Ele cortou asperadamente.
- Está bem – Disse Louise, sentindo-se subitamente tensa.
- Não tenho intenção alguma de bisbilhotar sua vida. Só estava tentando ser amável. Já fomos amigos e conversamos muito sobre nossas vidas íntimas. -  Sempre pensei que trocariamos confidências, compartilhando sonhos e esperanças.
Depois viu ele tirar um maço de cigarros do bolso, tirar um do maço e colocar nos lábios e acender e depois ofereceu um a ela, que recusou delicadamente.
- Não sabia que você fumava. – Observou ela.
- Sempre fumei!
- É, realmente você mudou muito, pois um dia já me disse que odiava cigarros.
- Pois é, estamos sempre mudando!
Depois num gesto rápido ele pousou sua mão na perna direita dela, fazendo-a se assustar com a ousadia e disse:
- Você ao contrário, não mudou em nada. Estou realmente contente por você estar aqui. Eu quase não vinha este ano, mas meu irmão insistiu tanto, que acabei mudando de idéia.
- Seu irmão! Você tem um irmão? Onde esta ele?
- Ah...sim, ele...bem, sua esposa estava indisposta e acabaram ficando no quarto. - Por falar em quarto, que tal continuarmos a conversa no seu quarto?
Ela estava confusa, apesar de o ter desejado todo esses anos, estava achando-o arrogante, frio e ansioso em querer levá-la logo para o quarto. Há anos atrás, mesmo fazendo aquele convite ousado, ele tinha sido amável e carinhoso e jamais ousou em tocá-la e em nenhum momento pareceu ansioso em querer fazer sexo, ao contrário de agora. Louise já não tinha mais a certeza de querer relacionar-se com ele, seus sonhos estavam ruindo como um castelo de cartas. A mão dele continuava em sua perna, numa forma possessiva, como se já fossem íntimos e ele começou a passear com ela por baixo do vestido. Ela sem querer ser indelicada, afastava-a com delicadeza e constrangida começou a olhar ao redor, para ver se alguém estava observando-os. Depois de alguns minutos, ele aproximou seu rosto ao dela e tentou lhe beijar os lábios, mas não conseguiu, pois ela recuou-os, e ele sem se ofender, apenas sussurrou em seu ouvido.
- Vamos para o seu quarto?
- Bem, não sei, estou confusa!
- Como confusa! Mas, alguns minutos atrás, disse-me que tinha vindo para concluir o que não tinha realizado há cinco anos atrás.
- Não estou mais certa de minhas emoções, preciso mais algum tempo.
- Vem...vamos, vou lhe dar todo o tempo que precisar, mas não aqui.
Pagou a conta do bar e sem esperar a reação de Louise, pegou em sua mão e puxou-a em direção aos elevadores, ela sem saber o que fazer, deixou-se levar. No elevador tentou novamente beijar-lhe os lábios, mas apenas conseguiu beijar seu rosto e perguntou qual era o numero do quarto.
Já no quarto, ele tirou seu blazer e jogou numa poltrona e postou-se diante dela, com um brilho ardente de desejos nos olhos e depois abraçando-a, atraindo-a para si e disse:
- Vamos aproveitar ao máximo nosso tempo, quero ter um caso contigo, um caso complicado, que já foi cheio de desencontros, adiado e ansiosamente esperado.
- Não, não vou ter mais caso nenhum! – Ela exclamou, irritada, desprendendo-se dele abruptamente.
- Mas qual é o problema? Você estava tão ardente e agora esta cheia de frescura.
- Você mudou, não é mais o mesmo. – Replicou ela.
- Posso ter mudado fisicamente, mas continuo o mesmo por dentro, e continuo desejando te mais, como nenhuma outra. Não acha que já perdemos muito tempo?
E ele voltou a abraça-la e começou a beijar-lhe o rosto, em vários lugares. Louise sentiu o hálito dele, envolvendo-lhe tentadoramente. Ele abraçou-a com mais força, comprimindo o corpo másculo contra o dela, macio e curvilíneo, até faze-la sentir o membro viril dele, através do fino tecido do vestido.
- Beije-me, Louise – Murmurou.
- Sei que você quer me beijar. Confesse que também me deseja, tanto quanto eu.
Não era um apelo, na verdade ele ordenava-lhe, que ela o beijasse. Instintivamente, ela deixou-se envolver por aqueles braços fortes, mesmo estando confusa ainda de seus sentimentos, voltou a ela toda a paixão que reprimia e guardara dentro de si por tanto tempo! Segundos depois, ela sentiu os lábios dele envolvendo os dela, ela entreabriu os lábios e ele começou a correr a língua pelos lábios macios até penetrar na boca, fazendo o corpo de Louise queimar de paixão.
- Paulo, por favor, estou confusa! – Exclamou, quando pararam para respirar.
- Não ouse beijar-me novamente...
Mas ele puxou-a mais ainda para si e beijou-a com força, impedindo que terminasse suas ameaças. Vendo que ela correspondia a suas investidas ele aproveitou para acariciar as nádegas dela por sobre o vestido, queimando-a com seu desejo. Os seios de Louise ficaram doloridos de excitação, pressionados contra o tórax largo. Ela sentiu um calor espalhar-se por todo o corpo. Como um encanto, suas dúvidas sumiram e tudo em que conseguia pensar era no quanto o desejava.
Quando o beijo terminou, Louise aninhou-se ao peito dele. Ficou em silêncio, tentando recuperar o fôlego e acalmar-se. Na aquela altura, as mãos dele já haviam subido com a barra do vestido, depois escorregaram por baixo da calcinha e bolinavam as nádegas de Louise descaradamente, fazendo ela gemer de excitação e sentir sua vagina totalmente umedecida. Ele não se agüentava mais de tesão e afastou-se um pouco dela, para poder fazer seu vestido subir e sair por cima, pela cabeça. Louise viu que ele estava fazendo tudo errado e desengonçadamente, tentou acalmá-lo e falou:
- Calma, não é assim que se tira, abra o zíper atrás primeiro!
Então, ele procurou o zíper nas costas dela e o puxou para baixo, depois ajudou a tirar as alças pelos braços, fazendo o vestido deslizar pelo corpo e pousar inerte no chão. Ele admirou seu corpo, que agora estava apenas com uma calcinha rendada,  orgulhando-se de sua sorte e sem perder tempo, acariciou os seios nus e puxou-a novamente de encontro ao seu corpo, e voltou a beijar-lhe a boca. 
No mesmo instante, procurou a mão dela e levou-a a sua virilha. Ela ajeitou sua mão sobre o volume que formava em baixo da calça, e acariciou delicadamente.
- Louise, estou explodindo, pegue nele!
Ela abriu o zíper da calça, enfiou seus dedos dentro, contornou a borda da cueca e puxou o membro intumescido para fora e acariciando-o com ousadia. Ficaram assim por alguns minutos, se beijando e acariciando-se, depois ele afastou seu rosto e colocou suas mãos nos ombros dela e começou a força-los para baixo. Sem saber o que ele pretendia, ela foi abaixando e beijando o caminho que seus lábios encontravam, quando chegou ao peito parou, mas ele continuou com a pressão, para que ela abaixasse mais.
- Paulo, por favor, assim não, vamos para a cama primeiro.
Mas ele continuou a fazer pressão sobre os ombros e ela desceu até ficar agachada totalmente, com o pênis duro e ereto a sua frente. Então, ficou olhando fascinada o vai e vem de seus dedos delicados no membro rígido, acariciando-o habilmente. Mas ele queria mais, e pôs suas mãos sobre a cabeça de Louise e puxou-a de encontro ao seu sexo, dizendo:
- Vai Louise, põem na boca, chupe ele, não agüento mais de tesão!
- Mas...
- Cassete, deixe de frescura e me chupe logo!
E com a pressão dele sob sua cabeça, não teve outra alternativa, senão obedece-lo. Timidamente, dirigiu sua boca de encontro à glande rosada, até tê-la nos lábios e foi abrindo sua boca à medida que ele ia entrando mais e mais. Sentiu de imediato o gosto salgado dele. Era infernalmente gostoso e ela se pôs a chupar com mais ardor, sendo ajudado por ele, que fazia vaivém com sua cabeça de encontro ao seu pênis. Ao mesmo tempo e inconscientemente os dedos de Louise apertavam os testículos de uma forma carinhosa. Ele excitadíssimo, olhava de cima seu membro sendo engolido por aquela boca acanhada mas quente e gostosa, seu quadris começaram a se agitar numa forma frenética, às vezes forçava demais, e ela engasgava e tentava tirar a boca, mas ele a impedia, segurando seus cabelos e mentalmente pedia que ela agüentasse um pouco mais, pois iria ter o melhor orgasmo na sua vida. Uns minutos se passaram quando jogou sua cabeça para trás e soltou um sonoro “ Ahhhh”, sentindo seu corpo se contorce e seu esperma sair de suas entranhas, numa velocidade incrível. Louise também sentiu que os movimentos dele se intensificaram e por mais que estava gostando do que fazia, não iria permitir que ele ejaculasse em sua boca e quando sentiu seu espasmo final, tirou a boca e desvio seu rosto, no mesmo instante que ele esguichava seu esperma, indo parar no carpete. Ela ergueu-se aborrecida e decidida a parar com tudo naquele instante. Estava arrependida de tê-lo trazido ao quarto, este homem era totalmente diferente daquele que ela tinha conhecido há anos atrás, o homem carinhoso e amável que rondou seus sonhos nos últimos cinco anos. Aquele que estava no seu quarto em pé e com o membro de fora, nada mais era se não, um desconhecido que estava usando-a como se fosse uma puta. Então, Louise pegou seu vestido do chão e dirigiu-se a porta, destrancando-a e falou:
- Gostaria que você fosse embora agora!
- Mas porque? O que houve? – Perguntou ele franzindo a testa.
- Desculpe, mas não voei cinco mil quilômetros para ser usada, como uma mera prostituta.
- Pôxa Louise, não foi minha intenção. Desculpe se ultrapassei algum limite, foi no calor da excitação que nem notei, estava inebriado de você, de seu corpo, sua boca. Por favor Louise, deixe-me passar a noite contigo, prometo te respeitar e fazer apenas o que você quiser, mas não me mande embora assim.
Se tinha algo que Louise não conseguia fazer era dizer “não” a alguém, especialmente naquela ocasião, então suspirou e travou a porta. Ele se aproximou abraçando-a e beijando seus lábios calorosamente, depois a ergueu no colo e levou até a cama, e deitou-a delicadamente. Tirou suas roupas rapidamente e ajoelhou-se na cama no meio das pernas de Louise e tirou lentamente a calcinha, deliciando-se com a imagem daquela mulher nua que iria possuir dentro de alguns segundos, depois se deitou sobre ela e ajeitou seu membro na entrada da vagina.
Louise gemeu, instintivamente arqueando o corpo, quando sentiu os primeiros centímetros do membro dele invadirem sua vagina, fechou os olhos e seu corpo arrepiou-se todo à medida que o pênis avançava dentro dela, até chegar ao fundo.
Ele imediatamente começou o vaivém de seu corpo sobre o dela, começou devagar e intensificou à medida que aumentava sua excitação. Sua respiração era ofegante e seu corpo estava banhado de suor, apoiando suas mãos na cama, ele ora lambia e chupava os seios dela, ora observava seu pênis sumindo dentro do interior de Louise. Mal passados cinco minutos e ele descarregava seu sêmen com toda a força nas entranhas dela, ficou ainda estocando por alguns segundos e depois se retirou dela e deitou-se ao seu lado.
Louise ficou ainda inerte de pernas abertas por alguns segundos depois que ele havia se retirado dela, estava decepcionada, pois ele não estava sendo nada daquilo que sempre sonhou, mal começou a entrar no clima e se aproximar também de um orgasmo, quando sentiu o esperma quente dentro do seu interior e logo em seguida ele saiu dela, deixando-a na mão. Só um pensamento veio-lhe a mente naquele momento, de que talvez era destino dela, não chegar ao êxtase total, pois estava acostumada de seu marido também agir assim, sendo egoísta e pensar só em seu prazer. Para ela, aquela noite e aquele romance terminavam ali e ia pedir que ele fosse embora quando percebeu que Paulo havia se levantado e dirigia-se ao banheiro. Ela sentou-se na cama e observou a imagem dele refletida no espelho do banheiro e escutou seu comentário:
- Ahhhh..., não tem coisa melhor depois de uma trepada, do que dar uma boa mijada!
Ouvir aquilo foi demais para ela, que não sabia se chorava ou dava risadas com aquele comentário tipicamente machista, depois o viu caminhando de volta para a cama com o pênis flácido balançando de um lado ao outro.
- Louise, você é demais, você é muito gostosa, quero trepar contigo a noite inteira.
- Paulo, por favor, gostaria realmente que fosse embora, já fizemos amor e você me deixou totalmente exausta. – Mentiu para ele.
- Ah, qual é, mal começamos, o que foi? Não gostou do meu desempenho?
- Claro que gostei, mas estou muito cansada e amanhã vai ser um dia corrido e preciso descansar.
- Caramba, você é muito estranha! Não sabe o que quer.
- Desculpe, mas em nenhum momento, lhe falei que iríamos passar a noite juntos!- Louise replicou.
- Ah, entendi, você só queria sexo, agora que esta saciada, esta me descartando?
- Você sabe que não é isso. Apenas que estou cansada e com um ligeiro mal estar, talvez decorrente da bebida.
- Tudo bem, mas antes quero dar outra rapidinho!
- Ah Paulo, por favor?
- Ou isso ou não vou embora.
- Ta bom, mas promete ir logo em seguida?
Ele nem se importou em dar uma resposta e foi puxando-a para o centro da cama, Louise abriu as pernas e preparava-se para recebê-lo novamente, quando o ouviu falar:
- Ei..., vire-se, quero come-la de quatro!
Ela angustiada, obedeceu, pois o que mais queria naquele momento, era acabar logo com aquilo e poder finalmente ficar sozinha. Então ajeitou um travesseiro e virou-se, ele posicionou-se entre suas pernas e puxou sua cintura para cima, para que ela ficasse com suas nádegas empinadas para o alto. Louise o sentiu mexendo, explorando seu clitóris e sua vagina com os dedos por alguns minutos e depois sentiu novamente seu membro na entrada da vagina, mas depois ele retirou e ela sentiu a glande dele no seu ânus, sentiu que ele havia penetrado um pouco dentro dela, quando num movimento rápido de seu quadril, tirou-o pra fora.
- Mas que diabos, você pensa que esta fazendo?
- Ah..., você nunca fez sexo anal? Não está afim de deixar eu meter nesse rabinho gostoso? – Ele perguntou, com um sorriso malicioso nos lábios.
- Já fiz sim, mas não quero hoje.
- Qual é?
- Bem, já que você esta sendo intransigente, vamos parar por aqui!
- Calma, calma, tudo bem, vou meter só na bocetinha.
E assim, depois de alguns minutos, Louise sentiu-o novamente dentro dela, ficou com uma certa excitação, sentindo as mãos dele em sua cintura e seu membro estocando forte em suas entranhas, mas sabia que não chegaria nem perto de um orgasmo, não com ele, nem com seus “modus operantis” estava apenas sendo um ato meramente mecânico e que apenas um iria chegar ao clímax. E dito e feito, pois minutos depois, ele ejaculava novamente em seu interior e se arriava ao seu lado, pleno de seu prazer. Nem bem o deixou descansar e foi ajuntando suas roupas pelo chão e ajudando-o a se vestir, logo em seguida estava colocando-o porta afora, com a promessa dele de que iria procura-la no dia seguinte.
Aliviada foi ao banheiro, pois iria tomar uma ducha e jogar-se na cama. Parou em frente ao espelho e observou sua imagem nele, refletiu da grande burrada que acabará de fazer, sonhou todos esses anos com um grande amor, com alguém que a fizesse atingir o orgasmo e foi novamente usada como um mero objeto sexual. Cerrou os dentes, numa tentativa de controlar a própria decepção, em seguida entrou no Box. Vinte minutos depois, estava dormindo profundamente.
Na manhã seguinte, ajeitou suas coisas na mala e ligou para a recepção e mandou fechar sua conta. Queria sair rapidinho do hotel, antes que Paulo pudesse procura-la. Já em frente ao balcão da recepção, aguardava impaciente a conta sendo fechada, quando ouviu alguém comentar atrás dela.
- Deus! Não acredito! – É você Louise?
Virou-se decepcionada e com cara de poucos amigos e encarou o homem alegre que estava vindo em sua direção. Mal teve tempo de impedi-lo de abraça-la, sentindo aqueles braços fortes, apertando calorosamente seu corpo.
- Não esta me reconhecendo? – Sou o Paulo! – Lembra-se?
Ela realmente não estava reconhecendo-o, pois aquele homem a sua frente era mais magro, mais jovial e alegre do que o de ontem.
- Isso só pode ser alguma brincadeira de....
Ela deixou a frase pela metade quando começou a compreender do grande engano que havia feito.
- Que sorte a minha em te encontrar logo cedo! Acabei de chegar do aeroporto, fui levar meu irmão gêmeo e sua esposa, pois os dois estavam em pé de guerra. Ele sumiu ontem por horas, deixando sua esposa sozinha no congresso e depois veio com uma desculpa esfarrapada. Claro que ela não acreditou e começaram a discutir. Então achei ótimo que tomaram a decisão de ir embora hoje, assim posso continuar participando do congresso aliviado. E você, chegou hoje? Procurei você ontem por toda parte? Como fiz todos esses anos, desde que te conheci. Com a esperança de poder te ver novamente.
Ela soltou sua bolsa, deixando-a cair a seus pés e precisou apoiar-se no balcão para impedir de cair também e continuou a ouvi-lo.
- Louise, depois que minha noiva morreu, como você sabe muito bem, nunca mais me comprometi novamente, sempre tive a esperança de encontrar-te e .......
O Paulo verdadeiro, falava e falava, ela até que tentava ouvi-lo, mas sua mente estava num turbilhão de pensamento e emoções, mas só uma coisa se destacava, como pode ser tão ingênua, como pode entregar-se tão fácil.